Na última noite do #SouManaus 2025, a cantora Ludmilla chamou atenção do público e da imprensa ao pedir durante seu show que apenas as “sapatonas” presentes gritassem. O resultado foi um coro alto e marcante, que surpreendeu a artista pela quantidade de vozes femininas respondendo ao chamado. Apesar da empolgação no palco, a noite também foi marcada por episódios negativos: a mãe de uma artista local passou mal e ficou sem atendimento médico adequado, já que havia apenas uma profissional de saúde para mais de 200 mil pessoas.

O festival voltou a expor falhas na organização da Prefeitura de Manaus, que investiu milhões no evento, mas deixou a desejar na estrutura de atendimento e segurança. Ambulantes relataram agressões de fiscais da Semacc, com carrinhos revirados e trabalhadores empurrados, e um deles ficou ferido e sangrando.

Outros episódios negativos incluíram erros simbólicos, como a exibição da bandeira do Pará durante o show de Simone Mendes, em pleno aniversário da elevação do Amazonas à categoria de Província, e tumultos no Palco Malcher, onde a Guarda Municipal usou spray de pimenta contra o público.

Além disso, artistas locais como Ivete Sangalo usaram o palco para denunciar a falta de valorização da produção artística amazonense, contrastando com os altos cachês pagos a artistas de fora e revelando uma política de exclusão dentro do próprio festival.

O #SouManaus 2025 terminou marcado mais pelas polêmicas do que pela celebração cultural, com críticas que vão da negligência médica à desorganização estrutural e falta de respeito aos artistas locais e ao público.

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