O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu encerrar as investidas para se aproximar do público evangélico, segundo aliados ouvidos pelo jornal Estadão. A mudança de estratégia, observada nos últimos dias, preocupa o Palácio do Planalto, que enxerga crescimento da rejeição nesse segmento majoritariamente alinhado à direita.

Pesquisas recentes mostram queda expressiva no apoio. Levantamento Datafolha de 2 de agosto indica que apenas 18% dos evangélicos avaliam o governo positivamente, ante 30% em outubro de 2024. Já a rejeição atingiu 55%, o maior patamar desde março de 2023.

O cenário é semelhante no PoderData: 69% desaprovam a gestão federal e apenas 26% aprovam, revelando insatisfação de sete em cada dez evangélicos.

Segundo interlocutores, Lula deixou de usar referências religiosas em discursos, algo que vinha sendo recorrente. Um aliado resumiu a mudança dizendo que “Lula cansou” de tentar essa aproximação.

Mesmo assim, o PT segue com iniciativas para reduzir a distância com o segmento. Em maio, a Fundação Perseu Abramo realizou um curso voltado a militantes evangélicos, com o objetivo de prepará-los para o diálogo com fiéis.

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