O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (11) que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, precisa respeitar o Brasil. As declarações ocorreram após Trump acusar o país de ser um dos que mais taxam os EUA, além de uma ofensiva judicial de aliados contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Não adianta o Trump ficar gritando de lá. Aprendi a não ter medo de cara feia. Fale manso comigo, com respeito, que eu também respeito. É assim que governamos”, declarou Lula durante um discurso em Betim, Minas Gerais, onde participou da inauguração do Centro de Desenvolvimento de Produtos de Mobilidade Híbrida-Flex da Stellantis. O centro será responsável por desenvolver motores a combustão de alta eficiência.

Lula reforçou a importância de respeito mútuo entre as nações, destacando que o Brasil busca crescimento sem desrespeitar outros países. “O Brasil não quer ser maior do que ninguém, mas não aceita ser menor. Queremos ser iguais, para aprender a respeitar uns aos outros”, afirmou.

Em fevereiro, Trump implementou uma taxação de 25% sobre importações de aço e alumínio, afetando diretamente o Brasil, que é o terceiro maior exportador de aço para os EUA.

Na área de transição energética, Lula, ao lado do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu um modelo mais sustentável para a indústria automobilística no Brasil, com ênfase em veículos de baixo impacto ambiental e combustíveis mais sustentáveis. O governo federal lançou programas como o Nacional de Combustível Sustentável de Aviação e o Nacional do Diesel Verde, focados na transição energética.

Estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) aponta que a frota de veículos elétricos e híbridos no Brasil deve superar um milhão de unidades até 2030. A maior parte da frota híbrida será composta por modelos flex, movidos a etanol e eletricidade, representando 97% até 2032.

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