
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que será empossado como chefe de Estado reeleito no próximo dia 10 de janeiro, acompanhado por movimentos sociais de diversas partes do mundo. Ele reivindica a vitória nas eleições de julho, consideradas fraudulentas pela oposição e contestadas por vários países.
— No dia 10 de janeiro, todo o país prestará juramento de posse, com o apoio dos movimentos sociais e dos povos do mundo — declarou Maduro em uma ligação com a emissora estatal VTV na noite deste domingo (15).
Segundo o governista, o chavismo está “mais forte do que nunca, com mais poder popular”, enquanto acusa “os fascistas”, sem especificar nomes, de “fervilharem de ódio” por desejarem “instaurar violência no país”.
De acordo com o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), a posse contará com “líderes sociais de 35 países”, conforme proposta do Conselho de Movimentos Sociais da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (ALBA), que celebrou no último sábado (14) seu 20º aniversário.
— Nos vemos no dia 10 de janeiro (…) estamos esperando por vocês — afirmou Maduro, ao citar a resolução do conselho da ALBA, destacando que “milhares de líderes sociais” participarão do juramento “pela paz e pela pátria grande”.
A proximidade da posse para o mandato presidencial 2025-2031 alimenta incertezas no país. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) atribuiu a vitória a Maduro, enquanto o opositor Edmundo González Urrutia, candidato da Plataforma Unitária Democrática (PUD), reivindica o resultado e planeja retornar do exílio na Espanha para assumir o cargo.
María Corina Machado, principal aliada de González Urrutia, declarou que Maduro está “encurralado” e previu o “fim próximo” do chavismo, tanto internamente quanto no cenário internacional.


