
Criada pelo ex-presidente venezuelano Hugo Chávez com o objetivo de “proteger a nação”, a Milícia Bolivariana reúne cerca de 5 milhões de reservistas e integra uma das cinco forças que compõem a Força Armada Nacional Bolivariana (FANB). Em pronunciamento nesta segunda-feira (18), o presidente Nicolás Maduro anunciou planos de expandir a atuação da milícia para diferentes setores da sociedade.
“Seguiremos avançando na ativação das milícias camponesas e operárias, em fábricas e centros de trabalho de todo o país. Nenhum império tocará a terra sagrada da Venezuela. Fuzis e mísseis para a força camponesa, para defender nosso território, soberania e paz. Fuzis e mísseis para a classe operária, para que protejam a pátria!”, afirmou Maduro durante o discurso.
As declarações acontecem em meio a uma intensificação da pressão dos Estados Unidos sobre o regime venezuelano. A administração Biden elevou a recompensa por informações que levem à captura de Maduro, anteriormente fixada em 25 milhões de dólares (R$ 136 milhões), e classificou o presidente venezuelano como um dos “maiores narcotraficantes do mundo”, representando risco à segurança nacional dos EUA.
O senador norte-americano Bernie Moreno acrescentou que não acredita que Maduro permanecerá no poder até dezembro. “Não toleraremos um narcoterrorista que causa danos aos Estados Unidos. Trataremos esses terroristas como o país sempre tratou ameaças semelhantes. Não vejo Maduro no comando além do final deste ano”, declarou durante o 10º Congresso Empresarial Colombiano.
Além disso, os EUA decidiram reforçar a presença militar no Caribe, enviando mais de 4 mil fuzileiros navais e marinheiros, um submarino de ataque nuclear, destróieres, cruzadores lançadores de mísseis e aeronaves de reconhecimento P-8 Poseidon, com o objetivo de combater cartéis de drogas na região.