Uma mãe grávida de sete meses denunciou a Maternidade Moura Tapajós, no bairro Compensa, zona oeste de Manaus, após receber um diagnóstico errado de morte do feto. Jéssica Araújo, 30, contou que procurou a unidade na noite de segunda-feira (8) por dores pélvicas e, durante o atendimento, a médica não conseguiu ouvir os batimentos cardíacos do bebê, que se chamará Jorge.

Encaminhada para um exame de ultrassom, Jéssica foi informada de que o bebê estava morto. Segundo ela, a médica afirmou que já suspeitava do óbito e queria apenas confirmar. A mãe, no entanto, disse ter gritado dizendo sentir o filho se mexer, mas ouviu que seriam apenas “gases intestinais”.

Com o laudo de óbito em mãos, Jéssica aguardou por horas um leito para a indução do parto, mas, sem conseguir vaga, decidiu buscar uma segunda opinião no Instituto da Mulher Dona Lindu, na zona centro-sul. Lá, um novo médico constatou que o bebê estava vivo e com batimentos cardíacos normais, desmentindo o primeiro diagnóstico.

A mãe voltou à maternidade para relatar o erro e denunciou o caso nas redes sociais, prometendo buscar reparação judicial. “Vocês iam matar meu bebê! Só não fizeram porque não tinha leito”, desabafou, chorando.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Manaus (Semsa) informou que abriu uma investigação para apurar o caso e entender o motivo da divergência entre os exames, ressaltando que não houve intercorrências durante o atendimento.

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