Brasil – O Ministério da Saúde anunciou recentemente que está começando a contabilizar a quantidade de pacientes considerados recuperados da Covid-19 e que mais de 14 mil (55% dos diagnosticados) já conseguiram superar a infecção no país. Não foi publicada ainda, porém, uma diretriz que mostre quais são os critérios para que a doença tenha se encerrado numa pessoa.

A porcentagem de recuperados depende, entre outros fatores, do tempo que a epidemia está afetando o país, porque são necessários pelo menos dez dias após os sintomas iniciais para ter certeza de que um paciente já superou a doença. Por isso a China, onde o pior da epidemia já parece estar no passado, é o país com maior contingente de recuperados: 94%.

Epidemiologista da Universidade Federal de Pelotas, Aluísio Dornellas de Barros explica que esse, eventualmente, é o ciclo normal da epidemia:

— Dependendo do momento da epidemia em que você está, a quantidade de casos em cada compartimento vai ser diferente. Num momento ascendente, estão se acumulando caso ativos, e tem pouca gente saindo lá da ponta como curado. Conforme a epidemia anda, esse perfil vai mudar: terá pouco caso ativo e um monte de gente que se curou.

Alguns médicos têm evitado usar a palavra cura, já que se sabe pouco sobre a dinâmica clínica de longo prazo da doença. A Coreia do Sul, que declara ter 71% de seus pacientes recuperados, aponta que uma parcela pequena testou positivo de novo, depois de ser considerada recuperada. A principal suspeita é que um reservatório latente do vírus no organismo consiga fazer a infecção reemergir ou, então, o teste apontou um falso positivo.

 

 

Artigo anteriorViagem Solidária: Hemoam e Uber fecham parceria para reforçar estoque de sangue em Manaus
Próximo artigoProcon apreende mais de 30 kg de alimentos vencidos em Presidente Figueiredo