
O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) determinou o bloqueio de metade do prêmio de R$ 103 milhões ganho por uma dona de barraca na Mega-Sena de outubro de 2020. A decisão, tomada em dezembro de 2023, resultou no bloqueio de R$ 22,5 milhões em contas bancárias, dos quais 10% foram liberados por despacho judicial em fevereiro do ano passado.
A mulher, agora processada pelo ex-marido, é alvo de uma ação onde ele requer R$ 66 milhões, alegando ser metade do prêmio, além de danos materiais e morais. O ex-marido, que era motorista de kombi, e a mulher tiveram um casamento relâmpago de nove meses. O relacionamento começou em abril de 2020, com o noivado em agosto e o casamento em outubro.
Na época, a mulher relatou que morava no estabelecimento onde trabalhava, após ter sido despejada de uma casa alugada, e passou a dormir em um colchonete até ganhar o prêmio. O homem, de 58 anos, residia na casa da irmã, em outro bairro.
Ela descreveu as condições precárias: “No meu estabelecimento, eu tinha esse colchonete, minhas roupas ficavam numa caixinha de papelão, mas tinha um fogão, geladeira e panelas na área onde cozinhava”.