Mundo – Um momento relaxante em uma banheira de hidromassagem levou a pequena britânica Poppy Burns, de 12 anos, a desenvolver uma infecção de pele.

Mãe da criança, a fotógrafa Georgina Burns julgava que o problema estava resolvido após o tratamento com antibióticos recomendado pelos médicos. No entanto, um incidente durante um jogo de futebol fez o pé da menina inchar de forma ainda mais intensa.

Georgina voltou com a criança para o hospital, mas os médicos não desvendaram a causa do problema de imediato. “Ela sentia dores extremas, que não eram compatíveis com as lesões que tinha. Ela gritava e os médicos diziam que não havia nada de errado com ela”, lembrou a mãe, em entrevista ao site The Sun.

Segundo a mãe, passados dois anos da infecção bacteriana, a menina não conseguia colocar os pés no chão e passou a ir para a escola e as consultas médicas de cadeira de rodas.

“A pior parte era vê-la chorar de dor pedindo ajuda, sabendo que não haveria nada que eu pudesse fazer”, afirma a mãe.

Diagnóstico

Em uma das consultas para investigar o problema, um médico sugeriu que Poppy tinha a síndrome complexa de dor regional (SDRC), uma condição neuropática crônica caracterizada por uma dor profunda e persistente, acompanhada de outros sintomas que aparecem na mesma área da dor.

Além da dor intensa, a síndrome complexa de dor regional (SDRC) inclui sudorese, inchaço, alterações na cor e/ou temperatura da pele, lesões, fraqueza muscular e perda de massa óssea.

A hipótese da equipe médica é de que a bactéria causadora da infecção provocou o desenvolvimento da síndrome, gerando um quadro de dor generalizada, cujo gatilho foi o incidente no futebol.

As dores pararam?

Em setembro de 2023, Poppy e sua mãe viajaram para a Itália em busca da Scrambler Therapy, um método de tratamento que utiliza a estimulação elétrica na pele para trocar as sensações de dor por iutras não dolorosas.

“Após duas semanas de tratamento, Poppy estava livre de dor. No entanto, cerca de uma semana após seu retorno, a sensação voltou intensamente”, afirma a mãe.

Georgina pede que os cientistas realizem mais pesquisas sobre a síndrome. Ela anseia por tratamentos que possam aliviar o sofrimento de pessoas como Poppy. “É crucial que mais pessoas conheçam essa condição para impulsionar a pesquisa em busca de medicamentos eficazes. Infelizmente, atualmente, há escassez de opções medicamentosas para tratá-la”, lamenta.

Fonte: Metrópoles

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