Brasil – Festejada por parte de mídia brasileira, a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na COP28, principal conferência da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre o clima, ganhou teve pouco destaque em veículos jornalísticos internacionais dos Estados Unidos, da Europa e da América Latina. O evento foi realizado em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Lula esteve no país nos dias 1º, 2 e 3 de dezembro.

Os jornais norte-americanos The New York Times e The Washington Post praticamente não mencionam Lula em suas edições desde o dia 30 de novembro. O presidente brasileiro foi citado em veículos como The Guardian, The Economist e El País. Há menções com alguma simpatia pela antiga proposta brasileira de países ricos pagarem por hectare de terra preservada em florestas tropicais. Mas esse discurso foi sobrestado pela repercussão negativa da decisão de Lula sobre a adesão do Brasil à Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados), grupo ampliado de nações produtoras de combustíveis fósseis em geral, justamente algo antagônico ao que estava sendo discutido na COP28.

O jornal The Guardian (Reino Unido), quase sempre simpático a Lula, publicou um texto crítico sobre o petista. Diz que “quaisquer pretensões” que presidente brasileiro pudesse ter de ser “uma liderança climática mais ampla no corte de combustíveis fósseis foram enfraquecidas” pelo anúncio de que o país “planeja se alinhar mais estreitamente com o maior cartel petrolífero do mundo, a Opep”.

De maneira geral, o que prevaleceu de maneira negativa no noticiário foi a entrada do Brasil na Opep+. “Os planos do presidente brasileiro de aprovar novos projetos de combustíveis fósseis não combinam com a promessa de atingir a meta de redução de 1,5°C”, escreveu o jornalista Jonathan Watts numa análise no britânico Guardian.

Em reportagem sobre a participação recorde de banqueiros e lobistas na COP28, o Financial Times relatou que executivos de energia estavam presentes em delegação brasileira, composta por quase 3.000 pessoas.

Eis o que publicaram os principais jornais estrangeiros:

O The New York Times (Estados Unidos) citou, em 30 de novembro, que o Brasil faria parte da Opep+.

Fonte: Poder 360

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