Brasil – O Ministério dos Direitos Humanos confirmou ao jornal O Globo que pagou uma das viagens de Luciane Barbosa Farias, conhecida como a “dama do tráfico amazonense” e esposa de um líder do Comando Vermelho (CV) no Amazonas, para Brasília.

O custeio do trajeto pelo governo federal foi divulgado por Luciene durante entrevista coletiva. A pasta alegou que o custeio da viagem ocorreu após a dama do tráfico ter sido indicada como representante do Amazonas para Encontro de Comitês e Mecanismos de Prevenção e Combate à Tortura, realizado em Brasília.

“O Comitê de Prevenção e Combate à Tortura, por meio do Ofício n° 233/2023, solicitou aos Comitês Estadual de Prevenção e Combate dos à Tortura dos estados que indicassem representantes para participação da atividade. O Comitê estadual do Amazonas, por sua vez, indicou Luciane Barbosa Farias como representante a participar do evento. Todos os convidados tiveram suas passagens e diárias custeadas”, informou o Ministério dos Direitos Humanos.

“Importante destacar que os Comitês de Prevenção e Combate à Tortura possuem autonomia orçamentária e administrativa, e o custeio de passagens e diárias foi realizado com recursos de rubrica orçamentária destinado pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania ao Comitê, que observou as indicações dos comitês estaduais para a participação no encontro”, completou a nota divulgada pela pasta.

O Comitê de Prevenção e Combate à Tortura ocorreu em 6 e 7 de novembro no Ministério dos Direitos Humanos. O encontro contou com a participação de 70 pessoas indicadas por comitês estaduais. O evento tinha como objetivo discutir as violações de direitos humanos dentro das cadeias brasileiras.

Também na capital federal, Luciene se encontrou com dois secretários do Ministério da Justiça. As reuniões não foram divulgadas nas agendas públicas da pasta.

Luciane Barbosa Farias é esposa de Clemilson dos Santos Farias, o “Tio Patinhas“. Nas redes sociais, ela se apresenta como defensora da luta pelos direitos dos presos do sistema carcerário amazonense.

Fonte: Metrópoles

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