Brasil – O atual vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, prepara-se para assumir uma nova função. A partir de outubro, com a aposentadoria de Rosa Weber, ele vai presidir a Corte e, consequentemente, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O CNJ é o órgão que, entre outras atribuições, funciona como corregedoria da magistratura de todo o país. Cabe ao conselho, por exemplo, definir punições a juízes e desembargadores em decorrência de manifestações de cunho político-partidária.

Nesse sentido, em seu site oficial, o CNJ avisa: atua pela moralidade do Poder Judiciário. Destaca, dessa forma, ser função do órgão “julgar processos disciplinares, assegurada ampla defesa, podendo determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas.”

Recentemente, o conselho tem julgado — e punido — magistrados em decorrência de manifestações políticas. Conforme lembra o jornal Folha de S.Paulo, a juíza eleitoral Regiane Santos e o desembargador trabalhista Luiz Vargas são dois casos desse tipo. Ela chamou o atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, de “corrupto”. Ele definiu o ex-presidente Jair Bolsonaro como “genocida”.

O Conselho Nacional de Justiça está por trás, inclusive, de aposentadorias compulsórias de magistrados. Foi o que o ocorreu, em maio, com a juíza Ludmila Lins Grilo, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Ela virou alvo do órgão por, supostamente, espalhar fake news no âmbito político-partidário. Em fevereiro, o CNJ afastou o juiz federal Marcelo Bretas, do Rio de Janeiro.

Fonte: Revista Oeste

Artigo anteriorSenador bolsonarista Rogério Marinho chora na CPMI pelos presos por envolvimento nos atos golpistas
Próximo artigo‘C.V.’ emite recado nas redes avisando que donos de motos barulhentas serão punidos, em Manaus