
Durante comentário na rádio CBN, a jornalista Míriam Leitão defendeu a proposta do governo federal de tributar as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA), alegando que “nem todo aumento de imposto é ruim”. Ela comparou a iniciativa à taxação de fundos exclusivos e offshore, que, segundo ela, corrigiram distorções no sistema tributário.
— É aumento de imposto? Sim. Mas, às vezes, é necessário. Foi o caso dos fundos exclusivos, que tinham privilégios injustificáveis — afirmou Míriam.
A proposta do governo Lula, que prevê uma alíquota de 5% sobre os rendimentos desses títulos, surge como alternativa ao aumento do IOF, que não avançou no Congresso. Para Míriam, a isenção integral de LCIs e LCAs não se sustenta:
— Um instrumento financeiro que não paga nenhum imposto não faz sentido.
Os títulos, populares entre pequenos e médios investidores, hoje são isentos de Imposto de Renda para pessoas físicas. A possível mudança, no entanto, enfrenta críticas de representantes do agronegócio e da construção civil, que temem o encarecimento do crédito e aumento dos custos no setor.