O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), declarou em entrevista ao jornal americano The Washington Post que não pretende recuar em sua atuação, mesmo diante das pressões políticas e internacionais envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados.

Moraes afirmou não se intimidar com as recentes medidas adotadas pelos Estados Unidos, que incluíram seu nome na lista de sancionados pela Lei Global Magnitsky, além de revogarem seu visto de entrada e aplicarem tarifas de 50% sobre produtos brasileiros.

Não existe a menor possibilidade de recuar nem um milímetro. Cumpriremos o que é certo: receberemos as acusações, analisaremos as provas, e quem tiver que ser condenado, será condenado; quem tiver que ser absolvido, será absolvido — declarou o ministro.

Sobre as críticas de que teria concentrado poder em excesso, Moraes respondeu que suas decisões já foram revistas mais de 700 vezes pelos demais ministros do STF, sem que nenhuma tenha sido revertida.

Não há como recuar daquilo que devemos fazer. Digo isso com total tranquilidade — reforçou.

Ele avaliou ainda que a tensão diplomática com os Estados Unidos tende a ser passageira e foi impulsionada por “narrativas falsas” disseminadas nas redes sociais. Moraes admitiu que sua vida pessoal foi impactada pelas pressões, mas garantiu que seguirá à frente das investigações.

Essas narrativas falsas acabaram envenenando a relação, apoiadas por desinformação espalhada por essas pessoas nas redes sociais. O que precisamos fazer, e o que o Brasil está fazendo, é esclarecer os fatos — concluiu.

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