BRASIL – O Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM) deflagrou nesta segunda-feira (26) a operação ‘Jogada Ensaiada’. A operação é resultado de investigação conduzida para desarticular esquema criminoso envolvendo fraude em licitação, corrupção e lavagem de dinheiro, com a participação de agentes públicos e empresários.

De acordo com o MP-AM, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/AM) e a 70ª Promotoria de Justiça Especializada na Proteção ao Patrimônio Público, cumprem quatro mandados de prisão e seis mandados de busca e apreensão.

As investigações apontam que houve favorecimento a uma empresa para o fornecimento de serviço de agentes de portaria para um hospital público de Manaus, sendo identificado sobrepreço na contratação que resultou em prejuízo aos cofres públicos estimado em R$ 2 milhões.

De acordo com a investigação, houve, ainda, repasse de valores aos gestores da unidade hospitalar utilizando a intermediação de uma empresa de gestão esportiva.

Um dos locais onde foram cumpridos mandados na operação foi o Hospital e Pronto Socorro 28 de Agosto.

Prisões

A operação resultou na prisão de Henrique Barbosa, sua companheira Júlia Marquês e a diretora financeira do Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto, Querciane Alves.

De acordo com o MP-AM eles são suspeitos de corrupção dentro do hospital público e o esquema só foi descoberto, por conta das investigações de manipulação de resultados no futebol amazonense, envolvendo Henrique Barabosa, que é presidente do Atlético Amazonense.

Henrique ficou conhecido após denúncias feitas pelo jornal A Crítica, sobre um esquema de compra de resultados na Série B do Campeonato Amazonense. O caso repercutiu nacionalmente após um zagueiro do Atlético Amazonense fazer um gol contra de propósito, o que aumentou as desconfianças do MP-AM.

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