
O Ministério Público do Rio de Janeiro analisará uma denúncia contra a marca Criações Gênesis, após o lançamento de uma camisa com uma estampa que gerou críticas de grupos de combate ao racismo. A peça, que traz as palavras “Não se contamine!” acompanhadas de ilustrações de mãos de tons diferentes, foi acusada de carregar um viés racista, sendo repudiada por diversas entidades de Igualdade Racial de Petrópolis.
A polêmica começou quando Brenda Sá, dona da marca, postou um vídeo vestindo a peça, o que gerou uma onda de críticas nas redes sociais. A imagem foi vista como uma associação da cor escura com a ideia de contaminação, o que despertou protestos de coletivos e organizações locais. Após o ocorrido, o vídeo foi apagado e o perfil da marca foi desativado.
A Criações Gênesis explicou que a arte na camisa foi inspirada em uma passagem bíblica, com a intenção de representar “contaminação espiritual” e não fazer qualquer referência a etnias ou raças. A empresa afirmou que a cor da mão necrosada não se relaciona a um grupo específico e que a arte foi retirada de fontes como o Google.
A Coordenadoria de Igualdade Racial de Petrópolis reforçou que o caso deve ser tratado com rigor, apontando que o racismo é crime e deve ser apurado como tal. O Procon também notificou a empresa, dando um prazo de 15 dias para defesa, antes de decidir se tomará medidas adicionais. A Promotoria de Justiça de Investigação Penal de Petrópolis também informou que a denúncia será analisada em breve.