
O Instituto-Geral de Perícias (IGP) vai analisar o material genético do marido e do filho de Deise Moura dos Anjos, presa sob suspeita de envenenar um bolo servido à família no Natal, em Torres (RS). A investigação, conduzida pela Polícia Civil, apura se ambos também foram vítimas de envenenamento. O caso já resultou na morte de três pessoas.
Deise é acusada de envenenar o sogro, morto em setembro de 2024. Exames realizados após a exumação do corpo confirmaram a presença de arsênico nos restos mortais. A suspeita se fortalece com a descoberta de que ela adquiriu arsênio em quatro ocasiões ao longo de quatro meses, incluindo antes da morte do sogro.
A análise de sangue do marido e do filho pode revelar a presença do veneno, uma vez que o arsênico tem baixa taxa de degradação, segundo o delegado Cléber Lima.
Além disso, há indícios de que Deise possa ter cometido outros envenenamentos. A Polícia Civil considera pedir novas exumações de pessoas relacionadas à suspeita.
“Não temos dúvida de que se trata de uma pessoa que praticava homicídios e tentativas de homicídios em série. Por muito tempo, ela tentou apagar provas que poderiam atribuir a culpa a ela”, afirmou a delegada regional Sabrina Deffente.