Brasil – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta 2ª feira (26.jun.2023) não ser justo dizer que ele “atacou a democracia” ao falar sobre o sistema eleitoral brasileiro durante reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada, em julho de 2022, quando ainda era presidente do Brasil.

Na ocasião, Bolsonaro questionou o resultado das eleições de 2018, levantou dúvidas sobre as urnas eletrônicas e criticou ministros de tribunais superiores. O evento foi transmitido pelo canal estatal TV Brasil. “É justo cassar os direitos políticos de alguém que se reuniu com embaixadores?”, questiona. O episódio é alvo de ação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que pode torná-lo inelegível.

As declarações foram feitas durante fala a jornalistas nesta 2ª feira (26.jun.2023) depois de reunião com integrantes do PL (Partido Liberal) na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo).

Bolsonaro é acusado de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante o evento em ação movida pelo PDT (Partido Democrático Trabalhista). O julgamento na Corte teve início na última 5ª feira (22.jun), mas foi suspenso pelo presidente do TSE, o ministro Alexandre de Moraes, depois da apresentação do parecer do MPE (Ministério Público Eleitoral), que defendeu a inelegibilidade de Bolsonaro.

O rito será retomado na 3ª feira (27.jun) com a apresentação do voto do relator da ação, ministro Benedito Gonçalves. Outra sessão é esperada para 5ª feira (29.jun).

Em entrevista à Rádio Bandeirantes no último domingo (25.jun.2023), Bolsonaro afirmou que, independente do resultado, “não será o fim do mundo” e chamou o julgamento de “politiqueiro”.

No 1º dia do julgamento, na última 5ª feira (22.jun), Bolsonaro foi a Porto Alegre (RS), onde participou da 23ª edição da TranspoSul, congresso de transporte e logística, e foi ao evento de filiação de 12 políticos ao PL na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.

Segundo a assessoria do ex-presidente, as viagens fizeram parte de um roteiro pelo país para fortalecer o PL na disputa das eleições municipais de 2024.

Fonte: Poder 360

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