Brasil – O deputado federal cassado e ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (MDB-RJ), usou as redes sociais para lembar a votação de abertura do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e reforçar sua oposição ao Partido dos Trabalhadores.

Em publicação, Cunha destacou a data dessse domingo, 17 de abril, quando, em 2016, a Câmara abriu o processo de impeachment. O deputado cassado disse que o país “não pode esquecer esta data”, e que a votação que culminou na saída de Dilma do Planalto foi “histórica”.

Nesse momento que o PT lidera as pesquisas, é muito importante que a gente relembre todo o desastre que foi o governo de Dilma”, afirmou o ex-deputado no Twitter. Em outro post, ele completa: “Não podemos permitir a volta do PT, para o bem das futuras gerações”.

Em maio de 2021, o ex-presidente da Câmara dos Deputados voltou a usar as redes sociais. O retorno de Cunha às plataformas aconteceu após a revogação das prisões preventivas que vigoravam contra o ex-deputado federal. Ele vinha cumprindo pena em regime domiciliar desde o ano passado por causa da pandemia da covid-19.

A conta de Cunha na rede vinha sendo mantida pela filha do político, Danielle Cunha, desde sua prisão, em outubro de 2016. Alvo de processos em investigações anticorrupção, Cunha estava preso graças a pedidos de prisão preventiva em diferentes investigações.

O primeiro pedido, que era referente a investigações da Operação Lava Jato, foi derrubado em 28 de abril pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). O TRF julgou um recurso da defesa do deputado cassado, mais de três anos depois de ter referendado sua condenação em primeira instância, proferida pelo então juiz Sérgio Moro na Justiça Federal de Curitiba.

O segundo pedido de prisão, referente à Operação Sepsis e que havia sido decretado em 2017, foi derrubado na quinta-feira, 6, pelo desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Bello sustentou que, após um ano da prisão domiciliar de Cunha, não viu necessidade de manter a prisão preventiva, que era a última barreira para que o político se visse livre.

No primeiro caso, Cunha foi condenado a 15 anos e 4 meses de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e evasão fraudulenta de divisas envolvendo a compra de um campo de petróleo na África pela Petrobras – a pena havia sido reduzida a 14 anos e 6 meses de prisão na segunda instância. No segundo, ele foi alvo da Sepsis, desdobramento da Lava Jato que investigou desvios do Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS), gerido pela Caixa Econômica Federal.

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