A exemplo de outras cidades do Brasil, neste sábado (19), organizações sociais, movimentos populares, fóruns e entidades da classe trabalhadora pública e privada de Manaus estarão unidos em um grande ato nacional contra o governo Bolsonaro. Na capital, a manifestação acontece a partir das 15h, tendo como ponto de partida a Praça da Saudade. Os organizadores prometem superar o protesto do dia 29 de maio, que levou milhares de pessoas às ruas de todo o país.

A ideia do Dia Nacional de Lutas #19J é demonstrar o descontentamento e indignação da população mais afetada com a negligência e descaso do presidente em relação às medidas de combate aos efeitos da pandemia no país, bem como às atitudes suas que só acentuaram o racismo, o machismo, as desigualdades sociais e o fascismo.

Os organizadores do protesto destacam que não é mais possível calar diante das crises política, sanitária e ambiental aprofundadas nesta gestão. O chefe de estado insiste em banalizar as medidas de proteção contra a Covid- 19, que matou quase meio milhão de brasileiros e contaminou outras 18 milhões de pessoas até o momento.

E é nesse cenário de pandemia, desemprego e morte, que Bolsonaro pretende destruir os serviços públicos essenciais com a aprovação da Reforma Administrativa. “A proposta vai provocar o caos na vida da população com privatizações, ingerência política e retorno das ‘rachadinhas’ no serviço público, com o loteamento de cargos”, afirma Luiz Cláudio Correa, presidente do Sindicato dos Servidores da Justiça do Trabalho e Justiça Federal (SitraAM/RR), e um dos organizadores do #19J.

Nos atos ocorridos no dia 29 de maio, foi possível realizar as manifestações obedecendo às regras de segurança contra a Covid, como uso de máscara, álcool em gel e distanciamento social, e dessa vez não será diferente. Ao longo de toda a semana aconteceram plenárias com o objetivo de mobilizar e detalhar a organização do ato, que orienta a participação apenas de pessoas fora dos grupos de risco e conscientes das regras de segurança.

O Dia Nacional de Luta #9J pede auxílio emergencial digno até o fim da pandemia, luta contra o corte de verbas na educação, as ameaças à Zona Franca de Manaus (ZFM), o corte de verbas aos municípios do AM, por vacinação rápida e efetiva para todos, pela valorização do serviço público e pelo afastamento do presidente.

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