Na quarta-feira (29), o delegado Vinícius Domingos revelou que dezenas de fuzis foram apreendidos após a megaoperação policial realizada na terça (28) nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro. Entre as armas recolhidas, há modelos identificados como pertencentes a forças armadas da Venezuela, Argentina, Peru e Brasil, além de exemplares de origem alemã, russa, belga e americana.

Segundo o delegado, parte significativa do arsenal é composta por cópias falsificadas com alto poder letal. “Mais de 90% dos fuzis de plataforma R são cópias falsas, sem o padrão de qualidade das originais, mas com capacidade de disparo real”, explicou Domingos.

Entre os armamentos, dois FAL pertencem às Forças Armadas Venezuelanas, outros dois às Forças Armadas Brasileiras, um à Argentina e um G3 ao Exército do Peru. Para o delegado, o fato aponta para o uso de rotas internacionais de tráfico, principalmente pelas fronteiras da Amazônia e do Paraguai.

Todo o material será encaminhado ao Centro de Estatística e Fiscalização de Armas e Explosivos (CEFAI), onde passará por perícia técnica e inclusão em banco de dados para futuras investigações. Armas em condições adequadas poderão ser incorporadas às forças policiais, enquanto as demais seguirão para destruição ou procedimentos judiciais.

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