O primeiro Encontro FPFtech de Comunicação reuniu profissionais da área, nesta quinta-feira (13), para discutir os desafios e novas ferramentas da era digital. O papel das pessoas no meio de uma evolução tecnológica avassaladora no setor da comunicação pautou o debate nesta edição inaugural, que foi realizada na sede da Fundação Desembargador Paulo Feitoza, no Distrito Industrial.

Gestora da agência Uplink Comunicação Estratégica, Dessana Oliveira afirmou que a discussão é muito mais complexa, e os profissionais precisam se preparar de maneira correta, focando no toque humano que pode ser aplicado no ofício. “É muito mais válido eu ser uma pessoa com conhecimento social, com pensamento lógico, é isso que a gente precisa estar estudando. Em muitas emissoras de TV não existe mais a figura do cinegrafista de estúdio. No entanto, uma inteligência artificial ainda não consegue identificar no meio da gravação de uma entrevista quando o entrevistado está se emocionando, isso ainda depende de uma visão sensível do ser humano”, destacou Oliveira.

Por outro lado, o jornalista Adan Garantizado, assessor de comunicação da concessionária Águas de Manaus, salientou que apesar da substituição de algumas funções ser um medo natural, o mercado também ainda pode exigir o toque humano estratégico. “Talvez também seja uma tendência natural a questão do uso de imagens por IA ficar saturada, ou mercados que aceitem isso e outros que só aceitem contar suas histórias de maneira mais humanizada”, completou Garantizado.

Já no dia a dia de um portal de notícias, onde os fatos muitas vezes chegam em alta quantidade e velocidade, as ferramentas devem ser vistas como um complemento, na avaliação do jornalista do Caio Fonseca. “O jornalismo evoluiu na tecnologia, mas os princípios, o filtro, a checagem, isso não muda, isso não altera, do ponto de vista de quem precisa estar no dia a dia da redação”, reforçou Fonseca.

A head de marketing da FPFtech, Rejanne Bulbol, ratificou a importância do debate sobre as ferramentas que auxiliam na produção de conteúdo. “Tivemos discussões muito produtivas e não há lugar mais propício do que uma instituição de tecnologia como a FPFtech para abrigar esse debate”, pontuou.

 

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