O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta quinta-feira (17) que a rede de clínicas privada também terá acesso à vacina contra a Covid-19, mas só depois que o SUS (Sistema Único de Saúde) receber toda a quantidade que necessita.

“Ontem, conversando com uma pessoa do Congresso sobre a saúde privada e a possibilidade de ser comprada pela saúde privada, sim, [será] autorizada por nós a partir do [momento] que a gente já tiver cumprido o que a gente precisa receber”, disse.

“Claro que se deve comprar também no privado, mas com prioridade para o SUS, com prioridade para o nosso programa nacional, que é para todos. Essa é a realidade que precisa ser colocada”, completou o ministro.

Pazuello participou nesta manhã de sessão temática no Senado, que discutiu o plano de vacinação contra a doença. O ministro disse que foi questionado por parlamentares brasileiros sobre a possibilidade da rede privada adquirir imunizações contra o novo coronavírus.

Como o jornal Folha de S.Paulo mostrou, a rede privada já tem uma lista de espera pela imunização contra a Covid-19.

Com a divulgação de resultados de eficácia de algumas vacinas, antes mesmo da aprovação em diferentes países, representantes de clínicas privadas de vacinação relataram aumento na procura de informações sobre a disponibilidade da imunização nesses locais.

O ministro voltou a afirmar que a distribuição das vacinas será parte de um plano nacional, com distribuição para todos os estados. “É um plano só, é um país só. Não haverá separação de estado nem município nem por classe, nada”, disse.

“Todos os brasileiros serão vacinados igualitariamente e todos os estados receberão dentro da proporção dos grupos a vacina simultaneamente, para que haja a vacinação grátis para todos os brasileiros. Eu acho que essa é a resposta que todos precisavam ouvir”, completou.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou para o dia 25 de janeiro o início da vacinação no estado com a vacina Coronavac, desenvolvida em parceria da chinesa Sinovac com o Instituto Butantan.

Pazuello também afirmou que o país já vai receber 24,7 milhões de doses a partir de janeiro, considerando 15 milhões da vacina da AstraZeneca, cerca de 9 milhões do Butantan e outras 500 mil da Pfizer.

Em outubro, o Ministério da Saúde chegou a assinar um memorando de entendimento para adquirir a vacina Coronavac, mas acabou desistindo por ordem do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Recentemente, o governo federal mudou de posição e incluiu o imunizante em seu plano.

O ministro também rebateu críticas de morosidade em divulgar um plano de vacinação e afirmou que o Brasil está na “vanguarda” em relação à vacina contra a Covid-19. “Como nós formamos todas essas possibilidades e números, nós estamos numa vanguarda. Nós não estamos sendo atropelados, nós estamos numa vanguarda”, afirmou.

Artigo anteriorE os nomes preferidos pelos brasileiros para batizar bebês em 2020 foram….
Próximo artigoBoninho dá ‘spoiler’ do BBB 21 e revela novidade na casa do reality