A Dívida Pública Federal (DPF) ultrapassou, pela primeira vez, os R$ 7,6 trilhões. Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (28) pelo Tesouro Nacional, o valor saltou de R$ 7,508 trilhões em março para R$ 7,617 trilhões em abril, um crescimento de 1,44%.

O marco ocorre menos de um ano após o indicador ter superado os R$ 7 trilhões, em junho de 2023. Conforme projeções do Plano Anual de Financiamento (PAF), a expectativa é que o estoque da DPF feche 2025 entre R$ 8,1 trilhões e R$ 8,5 trilhões.

A Dívida Pública Mobiliária Interna (DPMFi), composta por títulos emitidos no mercado doméstico, também cresceu: passou de R$ 7,199 trilhões para R$ 7,31 trilhões, uma alta de 1,55%. Em abril, o Tesouro emitiu R$ 41,42 bilhões líquidos em títulos, principalmente indexados à inflação, e incorporou R$ 70,3 bilhões em juros ao estoque da dívida.

O crescimento da dívida é impulsionado pela chamada apropriação de juros — correção mensal dos rendimentos dos títulos —, mecanismo agravado pela taxa Selic em patamar elevado. Com os juros básicos ainda em 14,75% ao ano, a despesa com o endividamento público segue pressionada, refletindo também o ritmo elevado de gastos do governo.

Artigo anteriorSTF vê ‘desespero’ de Bolsonaro ao buscar Mourão antes de depoimento
Próximo artigoPolícia Civil prende motorista suspeito de matar universitário atropelado no Centro de Manaus