A Procuradoria-Geral da República (PGR) arquivou, na última sexta-feira (4), um pedido de investigação contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por utilizar uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) em uma viagem a São Paulo.

A representação foi feita pelo advogado Enio Murad, que alegou possível uso indevido do avião da FAB para que Moraes assistisse à final do Campeonato Paulista entre Corinthians e Palmeiras, no dia 27 de março, na Neo Química Arena. O magistrado é torcedor declarado do Corinthians.

Apesar das alegações, a PGR entendeu que não há indícios mínimos de irregularidade que justifiquem a abertura de um inquérito. Segundo o procurador-geral da República, Paulo Gonet, a denúncia expressa apenas “inconformismo com custos regulares e necessários relacionados à segurança e ao transporte de ministros do STF”.

Murad já recorreu da decisão.

Viagem e presença no jogo

Segundo dados da própria FAB, o voo com destino a São Paulo foi realizado no dia 26 de março, véspera da partida. O avião transportava apenas um passageiro, cuja identidade não foi divulgada oficialmente, mas confirmada pelo jornal Folha de S.Paulo como sendo o ministro Moraes.

Naquele mesmo dia, Moraes participou da sessão do STF que tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros réus por tentativa de golpe. No dia seguinte, já em São Paulo, participou de julgamentos da Corte por videoconferência. À noite, foi visto no estádio ao lado da esposa, Viviane Barci, e do ministro da Justiça, Flávio Dino, ambos vestidos com roupas do time alvinegro.

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