A empresa de transporte por aplicativo 99 anunciou um investimento de R$ 1 bilhão no Brasil, voltado à ampliação de seus serviços e à entrada no mercado de entrega de alimentos com a futura 99Food. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (16) durante encontro entre o vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e o diretor global da Didi’s International Business Group, Stephen Zhu, grupo controlador da 99.

O novo aporte reforça a presença da empresa no país, onde já opera com transporte individual, entregas de encomendas e serviços financeiros via 99Pay. Com a chegada da 99Food, a plataforma passará a integrar também o segmento de delivery de refeições, com lançamento previsto para meados de 2025.

“Este investimento reflete nosso compromisso de longo prazo com o Brasil”, declarou Stephen Zhu.

Para Alckmin, o anúncio é um reflexo direto da política econômica do governo federal:

“Mostra que o compromisso do presidente Lula com um ambiente econômico estável, mesmo em um cenário global incerto, está atraindo resultados concretos para o país”, afirmou.

Hoje, a 99 atua em mais de 3,3 mil cidades, com uma base de 1,5 milhão de motoristas, motociclistas e entregadores. Em 2024, a empresa registrou um crescimento de 125%.

Embate judicial sobre mototáxi

Apesar da expansão, a 99 enfrenta entraves legais em São Paulo. Juntamente com a Uber, trava uma disputa judicial contra o veto do prefeito Ricardo Nunes à operação de mototáxis na capital paulista. A Prefeitura alega riscos à segurança dos usuários e, por isso, publicou o decreto nº 62.144/2023 suspendendo o serviço.

A Amobitec, associação que representa as plataformas, contesta a responsabilização das empresas por possíveis aumentos nos acidentes envolvendo motos.

Recentemente, a 8ª Vara da Fazenda Pública invalidou o decreto municipal. No entanto, uma liminar do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), emitida em janeiro deste ano, ainda mantém o serviço suspenso. O impasse segue sem prazo para resolução.

Artigo anteriorEm vistoria, Roberto Cidade cobra de DNIT ação efetiva para recuperação do Porto de Borba, que foi destruído por balsa de soja
Próximo artigoDeputado do PL cede à pressão e inclui assinatura em urgência de anistia