Uma obra inspirada na Última Ceia foi retirada da exposição do Centro Cultural dos Correios no Rio de Janeiro. A pintura, criada pela artista pernambucana Elvira Freitas Lima, foi barrada pela instituição.

Intitulada “E às vezes parece que não estou usando aquela coroa de espinhos,” a obra retrata os discípulos da Última Ceia como mulheres e pessoas negras, com Jesus representado como uma mulher de longos cabelos.

Nas redes sociais, Elvira afirmou que a decisão dos Correios de barrar a obra foi tomada para “preservar a imagem da instituição”. Ela tentou negociar uma solução, mas não obteve sucesso.

A pintura reinterpreta a passagem bíblica da Santa Ceia, onde Jesus Cristo se reuniu com seus apóstolos antes de ser preso e crucificado.

Durante as Olimpíadas de Paris, houve uma encenação polêmica realizada por drag queens, recriando o quadro “A Última Ceia,” de Leonardo da Vinci. A performance gerou críticas nas redes sociais por parte de entidades religiosas e, no Brasil, da oposição política.

O diretor artístico da cerimônia de abertura das Olimpíadas, Thomas Jolly, negou qualquer intenção de zombar da obra. Em entrevista ao canal francês BFMTV, ele afirmou que seu objetivo era promover a reconciliação. “Nunca houve da minha parte a intenção de zombar ou difamar nada. Quis fazer uma cerimônia que reparasse, que reconciliasse e reafirmasse os valores da nossa República,” declarou Jolly.

Uma empresa de telecomunicações norte-americana, a C Spire, retirou seu patrocínio das Olimpíadas de Paris após a encenação. A C Spire, que atua em diversas áreas de tecnologia no Estado do Mississippi, incluindo serviços de banda larga e dados móveis por 5G, ficou chocada com a performance. “Ficamos chocados com a zombaria da Última Ceia durante a cerimônia de abertura da Olimpíada de Paris,” afirmou a empresa no Twitter/X. “C Spire vai retirar as publicidades da Olimpíada.”

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