A polícia da Venezuela invadiu, no domingo, 25 de agosto, a casa da jornalista Carmela Longo em Caracas e a prendeu. A operação ocorreu em meio à crise pós-eleitoral desencadeada pela reeleição do ditador Nicolás Maduro, que a oposição e a comunidade internacional consideram fraudulenta.

A notícia foi divulgada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Imprensa (SNTP) e pela organização de direitos humanos Espacio Público. Segundo as entidades, os agentes, munidos de um mandado de busca, entraram no apartamento de Carmela e a levaram sob custódia. Recentemente, ela havia anunciado em sua conta no Instagram sua saída do jornal pró-governo Últimas Noticias, onde trabalhou por 20 anos.

Carmela foi detida junto com seu filho, e os agentes também apreenderam equipamentos de informática. O SNTP informou que ela será acusada de “instigação ao ódio” e “terrorismo” e deve ser apresentada ao Tribunal Terceiro de Controle, especializado em casos de terrorismo, na terça-feira, 27 de agosto.

Desde a eleição presidencial de 28 de julho, pelo menos outros oito jornalistas foram presos, segundo o SNTP.

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