Brasil – A Polícia Federal investiga se a Agência Brasileira de Inteligência, a Abin, monitorou a localização de celulares de Jean Wyllys (foto), de caminhoneiros e de um servidor do Tribunal Superior Eleitoral, diz O Globo.

Na sexta-feira, 20, a PF deflagrou uma operação para investigar o suposto uso indevido de um sistema de monitoramento de geolocalização de celulares pela Abin durante o governo Jair Bolsonaro.

Ao analisar os acessos feitos pela agência na ferramenta First Mile, os investigadores descobriram que um contato relacionado a Jean Wyllys foi monitorado, segundo o jornal carioca.

A corporação também apura as circunstâncias de um suposto monitoramento feito em um celular de um servidor do TSE que atuava na área de tecnologia. A lista de monitorados pela Abin incluiria também lideranças de grupos de caminhoneiros e dirigentes de entidades do setor.

Segundo o jornal O Globo, a Abin utilizou um sistema secreto para monitorar a localização de pessoas entre 2019 e 2021, os três primeiros anos do governo de Jair Bolsonaro, que mantinha uma “central bolsonarista” na agência de inteligência. Como revelou Crusoé em 2020, Alexandre Ramagem enviava a Flávio Bolsonaro relatórios produzidos clandestinamente pela agência para auxiliar sua defesa no caso da rachadinha na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

O software First Mile oferecia à agência a possibilidade de identificar a localização da área aproximada de aparelhos que utilizam as redes 2G, 3G e 4G.

Fonte: O Antagonista

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