BRASIL – A Polícia Civil de Goiás abriu investigação contra o jovem que se “fantasiou” de Leandrinha Du Art em uma festa de Halloween em Anapólis, no estado goiano. A influencer é cadeirante portadora da síndrome de Larsen e mulher trans.

O delegado Manoel Vanderic, da PC-GO, afirmou que o rapaz pode responder por discriminação a pessoa com deficiência. “O furto e a agressão da autoestima, dignidade e constituição de uma pessoa não é mimimi. Condenável é a relativização do outro com esse ar de superioridade que alguns ainda ostentam. Disfarçada e hipocritamente, claro”, declarou.

A identidade do rapaz ainda não foi divulgado pelas autoridades policiais, mas o caso repercutiu nas redes sociais e gerou indignação nos internautas.

“Deficiência não é fantasia, todos merecemos respeito com nossos corpos”, escreveu um internauta. “Chocado com a falta de sensibilidade”, disse outro homem.

Pena

A prática, indução e incitação a discriminação de pessoa em razão de sua deficiência é crime, configurado no artigo 88 do Estatuto da Pessoa com Deficiência. A pena varia entre 1 a 3 anos de prisão, além de multa.

O delegado ainda ressaltou que se a prática de discrimação acontecer pela internet ou por qualquer meio de comunicação social, a pena do crime aumenta. O responsável poderá cumprir de 2 a 5 anos de prisão e multa.

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