
Após dois anos do crime que assombrou Manaus, o processo contra Caio Claudino de Souza, acusado de latrocínio contra Silvanilde Ferreira Veiga, permanece paralisado por falta de resposta à acusação. O juiz Anésio Rocha Pinheiro, da 9ª Vara Criminal, decidiu que, caso o defensor não apresente a resposta no prazo legal, um novo advogado deverá ser nomeado para seguir com o caso.
Segundo o magistrado, o advogado constituído insiste em realizar diligências antes de juntar a resposta, descumprindo reiteradamente a ordem judicial. Em defesa de Caio, o advogado Sérgio Samarone argumenta que são necessárias diligências adicionais para impugnar a acusação formulada pelo Promotor de Justiça Francisco Lázaro Campos, do Ministério Público do Amazonas (MPAM). Entre as questões levantadas pela defesa, Samarone aponta uma perícia autônoma que questiona a informação sobre um SOS emitido pelo telefone de Silvanilde no dia do crime.
O juiz Anésio, no entanto, ressaltou que, embora nulidades absolutas possam ser alegadas em qualquer fase do processo, nulidades relativas devem ser apresentadas na primeira oportunidade, não impedindo a entrega da resposta à acusação. Assim, manteve a exigência de que o defensor apresente a resposta, alertando que a ausência de cumprimento deixará o réu indefeso, o que requer, por lei, a nomeação de outro defensor para dar prosseguimento ao caso.