Manaus – O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), acredita que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) está sendo mal assessorado pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, a respeito da Amazônia e precisa ter outros interlocutores para tratar das questões da região.

Em entrevista ao Portal UOL, Arthur Neto ressaltou a opinião. “Entendo que o presidente é mal informado por esse ministro que ele tem. O ministro Ricardo Salles não entende nada de Amazônia. Para ser ministro do Meio Ambiente, tem que conhecer a Amazônia.”

Para o prefeito, Bolsonaro precisa ouvir os cientistas, os militares e a sociedade local. “Ele precisa ouvir os conselheiros militares que ele tem. São pessoas com profundo conhecimento da região, dos índios, dos caboclos, da nossa sociedade e nossas necessidades”.

Pesquisa

Virgílio Neto é contra os garimpos na Amazônia e defende a exploração cuidadosa da biodiversidade. Para ele, os cortes orçamentários do governo não podem ser lineares e devem preservar os institutos de pesquisa, como o Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), e as universidades da região. “Não podem faltar recursos básicos para os institutos de pesquisas. É deles de que depende o desenvolvimento sustentável futuro da região”.

Galinha dos ovos de ouro

O prefeito comparou a Amazônia à figura da galinha dos ovos de ouro. “Se explorá-la de maneira sustentável, ela nunca vai faltar”

Diplomata de formação, o tucano diz que a decisão do G7 (grupos das sete maiores economias do mundo) de desbloquear a ajuda emergencial de US$ 20 milhões para a região dá ao Brasil uma oportunidade de retomar o prestígio internacional. O Brasil, em sua opinião, deveria se destacar como um campeão do combate ao aquecimento global.

Prestígio diplomático

É hora de botar a bola no chão e recuperar o prestígio diplomático do Brasil através de ações muito claras. Temos que trabalhar apoiados na comunidade internacional, e não criar adversários à toa para o país. Para Arthur, a diplomacia brasileira não pode continuar sofrendo desgastes. O Brasil tem uma grande chance de se reconciliar com a comunidade internacional.

Dinheiro da Lava jato para a Amazônia 

Arthur endossou a iniciativa da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que sugeriu ao Supremo Tribunal Federal que endereçasse R$ 1,2 bilhão da Lava Jato para a Amazônia. “Aí dá para pensar na Amazônia de uma forma mais global. Dá para pensar no emergencial, que são as queimadas, em algum programa de combate ao desmatamento ilegal e em um projeto de sustentabilidade. Cabe ao governo ser sábio na distribuição dos recursos e idealizar projetos econômicos que sejam sustentáveis”.

*As informações são do Portal UOL

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