A presidente do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), conselheira Yara Lins, acatou o pedido de investigação contra o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), e sua irmã, Dulce Almeida, ex-secretária municipal de Educação (Semed), por suspeita de desvio de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

As denúncias apontam que os dois teriam utilizado de forma irregular os repasses do Fundeb feitos pelo Governo Federal à Prefeitura de Manaus. De janeiro a novembro de 2024, os repasses aumentaram R$ 209 milhões, representando um acréscimo de 16% na receita. Ao final do ano, o montante ultrapassava R$ 230 milhões, valor que deveria ter sido usado para o pagamento do abono salarial aos profissionais da educação, mas que não foi repassado.

Os dados foram levantados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam), que questiona o destino dos recursos. Agora, o TCE-AM investiga o caso para esclarecer onde foi parar o dinheiro que deveria ter sido usado para os educadores.

Caso sejam confirmadas irregularidades, a apuração pode levar a uma operação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Federal (MPF), o que pode resultar na prisão do prefeito David Almeida e de sua irmã, Dulce Almeida.

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