O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi autorizado pelo ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) à conceder entrevistas para a Folha de S. Paulo e outros veículos que entraram com pedido de autorização na Justiça. A decisão foi tomada na última quinta-feira, 18/04, revogando a decisão do ministro Luiz Fux em setembro ano passado. As informações são do Paraná Portal.
Na época, Fux suspendeu uma liminar dada pelo ministro Ricardo Lewandowski que autorizava o petista a ser entrevistado. Na época, Toffoli reafirmou a decisão do colega, que incluía a censura da entrevista caso a mesma já tivesse sido realizada.
Lula está detido na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, desde o dia 7 abril do ano passado.
Ele foi condenado pelo caso triplex no Guarujá e pelo sítio de Atibaia, ambos no interior de São Paulo.
A condenação foi feita por Sergio Moro, hoje ministro da Justiça e Segurança Pública no governo de Jair Bolsonaro, em primeira instância. A pena decidida pelo ex-magistrado foi de 9 anos e meio. A defesa de Lula recorreu da decisão, mas o TRF4, em segunda instância, aumentou a pena para 12 anos e um mês.
Já a segunda condenação foi julgada em fevereiro pela juíza Gabriela Hardt, 13ª Vara Federal do Paraná, responsável por substituir Moro. O petista foi sentenciado por três crimes de corrupção e dois de lavagem de dinheiro, tendo a pena decidida por 12 anos e 11 meses.
Entretanto, no caso do sítio de Atibaia, os procuradores da Lava Jato entraram com pedido na Justiça Federal para que a pena de Lula seja aumentada. A força-tarefa da Operação Lava Jato do Ministério Público Federal (MPF) quer que o ex-presidente seja culpado por oito crimes de corrupção e 45 de lavagem de dinheiro.