Brasil – Em seu primeiro evento nesta quarta-feira (16) na Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU) – a COP 27 -, no Egito, Lula afirmou que o “Brasil está de volta ao mundo” e garantiu que vai formalizar uma proposta para que a Amazônia seja sede da próxima COP, que será realizada em 2025.

“Pode estar certo que vamos falar com o secretário-geral da ONU e vamos pedir para que a COP de 2025 seja feita no Brasil, na Amazônia. E na Amazônia tem dois estados para receber qualquer conferência internacional: Amazonas e Pará”, disse Lula, ao lado dos governadores Antônio Waldez Góes da Silva, do Amapá, Gladson de Lima Cameli, do Acre, Mauro Mendes, do Mato Grosso, Helder Barbalho, do Pará, Wanderlei Barbosa , do Tocantins, e Marcos Rocha, de Rondônia.

Para o presidente eleito, é importante que a discussão sobre a preservação da Amazônia seja feita por pessoas que conheçam in loco a realidade da região.

“Acho muito importante que as pessoas que defendem a Amazônia, que defendem o clima, conheçam de perto o que é aquela região. Para que possam discutir a Amazônia a partir de uma realidade concreta”, disse Lula, reafirmando aos governadores que seu governo vai conversar com “todos em igualdade de condições, sem perguntar a que partido ele pertence, que religião ele professa e que time de futebol ele torce”.

Antes do discurso oficial na COP 27, marcado para as 12h15 desta quarta, Lula afirmou que o Brasil “saiu do casulo”.

“O Brasil está de volta ao mundo. O Brasil está saindo do casulo a que foi submetido nos últimos quatro anos. O Brasil não nasceu para ser um país isolado. O Brasil tem uma cultura extraordinária. O Brasil é um país megadiverso. Um país resultado de uma miscigenação extraordinária, essa mistura de negros, índios e europeus que permitiu o nascimento de uma gente tão extraordinária”, afirmou.

Lula ainda alfinetou a política externa do governo Jair Bolsonaro (PL), que colocou o país como “pária” no cenário internacional.

“É como se estivéssemos sofrendo um bloqueio. E não era um bloqueio econômico ou político. Era simplesmente um bloqueio contra a antidemocracia, o negacionismo, contra um governo que não fazia nenhum esforço para se conversar com o mundo”.

Fonte: Revista Fórum

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