O Lamborghini Urus de Deolane Bezerra estaria no centro da investigação que resultou em sua prisão na última quarta-feira (4) no Recife, Pernambuco. A advogada e influenciadora foi detida em uma operação da Polícia Civil ligada a uma suposta organização criminosa envolvida em jogos ilegais e lavagem de dinheiro, com movimentação estimada em quase R$ 3 bilhões.

A Justiça pernambucana decidiu manter a prisão de Deolane após a audiência de custódia na quinta-feira (5). A defesa ainda não se manifestou sobre o caso. No dia da prisão, Deolane alegou ser vítima de perseguição e injustiça.

O Lamborghini Urus, de cor roxa, adquirido por Deolane no segundo semestre de 2023, foi central na investigação. O veículo pertencia à empresa Esportes da Sorte, implicada no esquema.

Desde a prisão, Deolane e sua mãe, Solange Bezerra, estão detidas na Colônia Penal Feminina do Recife. Elas são duas das 19 pessoas alvo da operação.

A juíza responsável pelos mandados de busca e prisão destacou a urgência em impedir que os investigados se desfaçam dos bens obtidos ilegalmente.

Durante depoimento à polícia, Deolane confirmou que recebia dinheiro da Esportes da Sorte por contratos publicitários, mas negou envolvimento em lavagem de dinheiro. O diretor-executivo da empresa, Darwin Henrique da Silva Filho, também é alvo de prisão e se entregou à polícia junto com a esposa.

Solange Bezerra é suspeita de participar do esquema e teria movimentado valores suspeitos acima de sua capacidade financeira. A polícia apreendeu R$ 439,8 mil em espécie, US$ 2,1 mil, além de euros e libras esterlinas. Também foram confiscados duas aeronaves e dois helicópteros avaliados em R$ 127 milhões, cinco carros avaliados em R$ 24,4 milhões, 37 bolsas, 76 anéis, 17 joias e 16 relógios.

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