Manaus – A professora de teatro Ananda Guimarães fez um desabafo comoventes nas redes sociais, após ser vítima de capacitismo e ser humilhada no DB Supermercados do bairro Parque 10 de Novembro, em Manaus.

Segundo Ananda, ela e a namorada foram às compras no local e ao se dirigirem à fila do caixa preferencial precisou provar, mais uma vez, que é portadora de deficiência, com baixa visão. Além disso ela foi humilhada e expulsa por um homem que também estava na fila, junto com a família. Após o episódio, a professora teve um ataque de pânico.

Alunos da professora fizeram denúncias nas redes sociais

Depois da namorada discutir por alguns minutos com o homem, não identificado, o gerente do supermercado foi acionado e o mesmo disse que não podia fazer nada, e que Ananda não parecia ter deficiência.

A jovem fez um relato do momento constrangedor nas redes sociais e pediu respeito e justiça pelo crime de capacitismo.

Veja na íntegra o relato:

“Como algumas pessoas sabem, sou uma mulher com deficiência e todo dia preciso lidar com o capacitismo, sendo ele velado (comentários desnecessários e “brincadeiras” sem graça), ou explícito. Hoje no dia 16/05 fui utilizar da fila preferencial do supermercado @dbsupermercados do Parque 10, afinal é um direito meu por lei, e fui extremamente constrangida por um homem que estava com sua família, com ele tinha uma criança e uma senhora, que também estavam no seu direito logo atrás de mim já que chegaram depois. Eu j havia mostrado meu registro de pessoa com deficiência pra moça do caixa e até falei “moça eu tenho meu documento, mas tenho medo de ser constrangida” ela foi muito simpática e disse que não aconteceria, até esse homem PODRE E ARROGANTE se achou no direito de questionar pra mim o por que de eu estar na fila, mostrei meu documento e ele começou a ser grosseiro, minha namorada começou a discutir com ele e ele falava coisas como “como ela é deficiente se tá olhando pra minha cara” “tá usando disso pra utilizar o caixa” eu tive uma crise de pânico me retirando da fila, Manu continuou lá discutindo com ele, ele falou coisas horríveis, se alterou e ainda apontou o dedo na cara dela, o segurança não fez absolutamente NADA, um homem enorme apontando o dedo na cara dela e não fizeram nada, os funcionários viram como fui constrangida e como desci em uma crise de choro sem conseguir mexer os braços e ninguém fez NADA. Quando minha mãe chegou no supermercado e foi falar com o gerente ele disse que não podia fazer nada e que “me olhando não tinha como saber que sou uma pessoa com deficiência” mostrando que não estava nem aí além de fazer esse comentário capacitais como se toda pessoa com deficiência tivesse que ser de um jeito específico. Enfim, tô cansada de ter que relevar essas violências e tô cansada de ninguém nunca tá preparado pra lidar com pessoas com deficiências. Espero que a equipe do supermercado tome providências pois quem se cala vendo um CRIME acontecer é cúmplice”.

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