Na manhã desta quarta-feira (1º), professores da rede municipal de Manaus voltaram às ruas em frente à Câmara Municipal para protestar contra o Projeto de Lei nº 8/2025, que propõe a reforma da Previdência dos servidores públicos. O ato, organizado pelo Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (ASPROM Sindical), ocorre durante a sessão plenária, com o objetivo de pressionar os vereadores a rejeitarem a proposta encaminhada pelo Executivo.

Lambert Melo, coordenador do ASPROM, criticou duramente a postura do prefeito David Almeida, apontando ausência total de diálogo com os servidores.

“É mentira que o prefeito quer conversar. Não houve qualquer convite aos sindicatos para discutir o projeto, e na Câmara também não avançou nada”, afirmou.

O projeto, segundo Melo, representa um retrocesso nos direitos dos servidores, afetando especialmente as mulheres, que teriam aumento significativo na idade mínima para aposentadoria.

“Não existe déficit comprovado no Manausprev. O prefeito não apresentou nenhum documento que justifique essa reforma”, disse.

O sindicato deixou claro que não aceitará negociações ou ajustes: a exigência é o arquivamento completo da proposta.

“Enquanto não houver provas concretas da necessidade da reforma, não discutiremos emendas. Esse projeto é prejudicial e precisa ser retirado de tramitação”, reforçou Melo.

Na última semana, a Procuradoria-Geral da Câmara, por meio da procuradora Jussara Freires Carvalho, emitiu parecer apontando inconstitucionalidades no projeto, reforçando a crítica dos manifestantes. A reportagem solicitou posicionamento da Prefeitura sobre o protesto, mas até o momento não obteve resposta.

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