A Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) fez uma releitura da propaganda O Primeiro Sutiã a Gente Nunca Esquece, que marcou época no Brasil em 1987, com uma garota trans como protagonista.

O vídeo retrata a história de uma menina trans que, a princípio, não é bem-aceita pelo pai, que ainda a trata pelo nome masculino, e sua surpresa ao ver que a filha se reconhece pelo nome Ludmila.

A menção à clássica propaganda ocorre no momento de reconciliação entre os dois, quando o pai deixa uma caixa com o primeiro sutiã de presente para a jovem, com um bilhete: “Entendi que chegou o momento de deixar o meu filho partir”.

Ao fim, explica-se que o vídeo é baseado na história real de uma jovem chamada Ludmila, que alterou seu nome nos documentos aos 10 anos de idade. “Sejam o que quiserem ser e sejam livres. Não se escondam. Se gosta de ser algo, seja”, afirma ela.

Também há um depoimento feito pela mãe da menina, que, atualmente, tem 12 anos: “Sempre foi uma menina por dentro. Uma menina, mas, por fora, um menino. Mas ela é uma mulher”.

Ao site Meio e Mensagem, o publicitário Washington Olivetto, criador da peça original, em 1987, falou sobre a nova campanha. “Acho mais do que natural que, nos dias de hoje, quando a opção [sic] transgênero saiu do armário na vida e, por consequência, na publicidade, seja feito um filme como esse, inspirado no O Primeiro Sutiã a Gente Nunca Esquece”, opinou.

Rafael Damy, diretor de cena da Madre Mia Filmes, produtora do vídeo, conta que “o filme não fala sobre a Ludmila, mas sim do pai. É sobre o pai e as pessoas que têm preconceito, gostaríamos que as pessoas se enxergassem no lugar do pai e sentissem empatia”.

Relembre também o comercial original O Primeiro Sutiã A Gente Nunca Esquece, lançado em 1987 pela marca Valisère:

Fonte: Site Meio Mensagem

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