O Ministério do Planejamento enviou nesta terça-feira (11) à Comissão Mista de Orçamento (CMO) e ao presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (União-AP), uma proposta de mudança orçamentária para destinar R$ 750 milhões a ações relacionadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Do montante, R$ 400 milhões serão aplicados na compra de alimentos da agricultura familiar, enquanto R$ 350 milhões irão para o Fundo de Terras e da Reforma Agrária. O envio ocorreu quatro dias após o presidente Lula visitar um assentamento do MST.

Para viabilizar os recursos, o governo prevê cortes em outras áreas, incluindo o Bolsa Família, que pode perder R$ 7,7 bilhões. A equipe econômica justifica a redução como parte de um pente-fino nos gastos públicos.

A proposta integra um remanejamento orçamentário mais amplo, que movimenta cerca de R$ 40 bilhões no orçamento de 2025, visando atender novas prioridades, inclusive demandas de partidos do centro político.

O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) afirmou ao jornal Estadão que os recursos beneficiam toda a agricultura familiar, e não apenas o MST. A pasta ressaltou que as políticas de reforma agrária contemplam diferentes grupos.

A medida gerou críticas do agronegócio. A Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Sistema Faep) classificou a decisão como descabida e associou o MST a invasões de terras.

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