Manifestação da CUT, na Esplanada dos Ministérios, reuniu trabalhadores de várias categorias para cobrar mudanças na política econômica e pedir uma agenda de desenvolvimento para o país. O Ato contou com a participação de professores, servidores públicos e também desempregados. O chamado Ato em Defesa da Soberania, Direitos e Empregos foi convocado por centrais sindicais e pelas frentes Brasil Popular e Povo sem Medo. Brasilia, 30-10-2019Foto: Sérgio Lima/PODER 360

O Partido dos Trabalhadores (PT) convocou manifestações em todo o país para esta terça-feira (10), com o objetivo de pressionar por “ações legais” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros indiciados pela Polícia Federal (PF) por uma suposta tentativa de golpe de Estado.

Em comunicado oficial, o Diretório Nacional do PT reforçou a rejeição à anistia de envolvidos, afirmando: “Não admitiremos anistia a golpistas defensores da tortura.” O documento também exige que Bolsonaro e seus apoiadores sejam responsabilizados judicialmente.

A mobilização ocorre após a PF revelar um suposto plano que incluía o assassinato de líderes políticos, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin, e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Protestos e articulações políticas
Os atos contam com apoio de entidades sindicais e movimentos sociais, como a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. Em São Paulo, está programado um protesto na Avenida Paulista, às 17h.

O partido também criticou o Projeto de Lei 2.858/2022, conhecido como PL da Anistia, que busca perdoar envolvidos nos atos de 8 de janeiro, classificando a proposta como uma tentativa de “acobertar golpistas”.

Mudanças constitucionais em debate

Paralelamente, o PT retomou esforços para aprovar uma emenda constitucional que altera o artigo 142 da Constituição, reforçando que as Forças Armadas não têm papel moderador na democracia. A proposta, liderada pelos deputados Carlos Zarattini (PT-SP) e Alencar Santana (PT-SP), também pretende proibir militares da ativa de disputar eleições ou ocupar cargos no governo.

Segundo o PT, essas mudanças são essenciais para delimitar claramente as funções civis e militares no Estado democrático, afirmando que “política não é e nunca foi lugar para as Forças Armadas.”

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