Em reunião realizada em Curitiba nesta segunda-feira (23), o Diretório Nacional do PT, principal instância na hierarquia partidária petista, reafirmou a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência e definiu que irá apresentar, nas próximas semanas, as diretrizes do programa de governo de Lula. Com informações do UOL.

A cúpula petista ainda decidiu que irá instalar em Brasília, próximo ao STF (Supremo Tribunal Federal), a Tenda da Democracia, com uma vigília e programação permanente de debates, aulas públicas, exposições e apresentações culturais sobre a democracia no Brasil.

A resolução resultante da reunião desta segunda traz, ao todo, 19 pontos a serem adotados pelo partido. Entre eles, a realização de um encontro nacional da sigla no dia 28 de julho, que indicará formalmente Lula como candidato a presidente, e o registro da candidatura de Lula na Justiça Eleitoral no dia 15 de agosto.

Lula está preso desde o dia 7 de abril na sede da Superintendência da PF (Polícia Federal) em Curitiba, onde cumpre pena de 12 anos e um mês após a condenação em segunda instância pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

Na capital paranaense, manifestantes que defendem a liberdade do petista fazem uma vigília e um acampamento nos entornos da PF desde que o ex-presidente foi preso.

Condenado em segunda instância no caso do tríplex do Guarujá, Lula pode ficar inelegível pela Lei da Ficha Limpa. A defesa do petista e seus correligionários vêm afirmando que o ex-presidente é vítima de uma condenação sem provas.

“Lula é o nosso candidato e é o candidato do povo. É a grande esperança do país para superarmos a crise política, econômica e social; para retomarmos a confiança no futuro”, diz um trecho do documento elaborado como resultado da reunião.

Pesquisa Datafolha divulgada no último dia 15 aponta que, mesmo preso, Lula ainda lidera as intenções de voto para a eleição presidencial de outubro. Testado em três dos nove cenários levantados, o petista apareceu à frente de todos, variando entre 30% e 31% das intenções de voto. Sem ele, quem lidera é o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ), que varia entre 15% e 17%.

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