
Sob a ditadura de Nicolás Maduro, quase 8 milhões de venezuelanos já deixaram o país em busca de melhores condições de vida. Maduro, aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é acusado de fraudar as eleições de julho e se recusa a deixar o poder, intensificando a crise que força milhões a fugir.
O êxodo massivo é tão grande que a taxa de nascimentos não consegue compensá-lo, resultando na redução da população. De acordo com projeções do Fundo Monetário Internacional, a Venezuela tem hoje 26,5 milhões de habitantes, em comparação aos 30,7 milhões em 2016.
Os indicadores econômicos refletem a gravidade da situação. O PIB do país despencou de US$ 372 bilhões em 2012 para US$ 102 bilhões em 2024. Essa queda drástica reduziu a riqueza per capita de US$ 12,7 mil para apenas US$ 3,9 mil, agravando ainda mais as condições de vida da população.
Essa crise econômica é um dos principais fatores que impulsionam 77% dos refugiados venezuelanos a buscar trabalho em outros países. O Brasil acolhe cerca de 510 mil desses migrantes, ficando atrás apenas dos Estados Unidos (545 mil), Peru (1,5 milhão) e Colômbia (2,8 milhões), segundo a ONU. Outros destinos significativos incluem Espanha, Equador, Chile, Argentina, República Dominicana e México.
A maioria dos venezuelanos que se estabeleceu na Colômbia e no Peru tem escolaridade de nível médio, enquanto metade dos que foram para os Estados Unidos e Espanha possuem diploma universitário.