Desde o início do ano, cerca de 1,3 milhão de hectares do Pantanal foram afetados pelas queimadas, segundo dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da UFRJ. Isso representa mais de 100 mil hectares, ou 8,7% do bioma. A instituição emitiu um alerta de perigo meteorológico de fogo para a Bacia do Alto Paraguai até o próximo sábado, dia 10.

A maior parte da região enfrenta risco extremo de incêndios de grandes proporções, difíceis de combater mesmo com recursos aéreos, devido à alta velocidade de propagação do fogo.

Monitoramento do Pantanal

Agosto começou com o céu avermelhado e filhotes de onça carbonizados, imagens registradas em Mato Grosso do Sul que circulam nas redes sociais. O último boletim do governo estadual aponta seis focos de incêndio ativos e duas áreas sob monitoramento.

Um foco de incêndio na região da Nhecolândia, em Corumbá, preocupa devido à rápida expansão causada por intensas rajadas de vento. O Parque Estadual do Rio Negro e áreas ribeirinhas estão sob ameaça. Em Albuquerque, também em Corumbá, a prioridade é proteger áreas habitadas e garantir a segurança das pessoas.

Incêndios próximos a áreas de preservação

O fogo alcançou uma área próxima à Fazenda Caiman, em Aquidauana, onde filhotes de onça morreram carbonizados. As ações foram intensificadas para proteger a preservação ambiental.

Há três meses, uma força-tarefa de mais de 233 agentes dos governos federal e estadual combate as queimadas no Pantanal, utilizando 23 aeronaves, sete caminhões, seis embarcações e 44 caminhonetes.

Artigo anteriorProjeto de Lei de Roberto Cidade estimula a inovação no setor energético ao incentivar o uso do biogás e do biometano
Próximo artigoLei Maria da Penha completa 18 anos em cenário de conquistas e desafios