Manaus – No dia 26 deste mês, acontece a eleição para a escolha do novo desembargador pelo Quinto Constitucional na Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Amazonas (OAB-AM) para o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM). Centenas de advogados irão às urnas na Universidade Paulista (UNIP). 

Dando continuidade a série de entrevistas com os candidatos, no último fim de semana, entrevistamos o doutor Francisco Maciel, um dos 34 advogados que irão concorrer à Lista Sêxtupla do 5º Constitucional.

Graduado pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM) em 1990 e pós graduado em Direito Tributário pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), muito seguro e confiante, Francisco tem 28 anos na advocacia privada na área cível. Foi juiz do Egrégio Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas de 2006 a 2010. 

“Eu entendo que a vaga do Quinto Constitucional destino a OAB, deve ser destinada exclusivamente à advogados que militam, que vivem da advocacia, que vivem defendendo direito, que praticam e que militam a advocacia no dia a dia (…) e que conhecem a luta árdua, que sabem que se acenderem ao cargo de desembargador, quando estiverem tomando o assento na corte, na hora de tratar com advogado, entenderão e saberão perfeitamente o trabalho efetivo, o que sente o advogado, a dificuldade que o advogado enfrenta, a liga do dia a dia. Esta experiência eu tenho. Me sentirei bastante confortável, bastante à vontade em atuar não só pelo acúmulo de conhecimentos técnicos mas pela maturidade, pela serenidade que adquiri ao longo da vida” disse o advogado. 

“Não tenho nada contra quem é muito jovem, mas entendo que o cargo de desembargador é um cargo de alta responsabilidade” completou. 

Durante o bate papo, Francisco explicou o processo de votação para a escolha do desembargador “Na primeira fase que ocorre agora, se dá pela eleição direta dos advogados regularmente inscritos na OAB e em dia com a anuidade, esse voto não é obrigatório na classe, é um voto facultativo e os seis mais votados integram uma lista sêxtupla. A OAB envia à presidência do Tribunal de Justiça, o tribunal em sessão do pleno elege três nomes e envia para a última fase que é a escolha pelo Chefe do Executivo, o governador do Estado”. 

AN: O senhor acha que vai ter alguma influência política?

FM: O atual governador é advogado, ele é um homem de experiência, tem vivência, é formado em Ciência Jurídica. Eu acredito que não, acredito que ele vai se pautar pelo critério da meritocracia. 

AN: Você já se candidatou outras vezes?

FM: Não. É a primeira vez que estou concorrendo. Já concorri para o juiz de segundo grau do Tribunal Regional Eleitoral. Exerci o cargo compondo o Tribunal Pleno de 2006 a 2008, e nova eleição eu concorri, entrei na lista tríplice. O processo do TRE-AM é diferente. Por ser uma órgão federal, a escolha é feito pelo Presidente da República. 

AN: O que você tem a dizer sobre as suas propostas para os leitores advogados?

FM: Eu trago como carro-chefe da minha campanha exatamente a minha experiência do dia a dia, a minha vivência, o sentimento que o advogado tem no dia a dia, na militância do dia a dia, nas dificuldades que ele enfrenta. Eu conheço todas. Inclusive na primeira e segunda instância. Se por acaso eu for o escolhido, eu dedicarei atenção especial ao advogado porque conheço as dificuldades que ele enfrenta. 

Segunda-feira, que a semana seja de realizações! Bom Dia!

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AN: O senhor julga a idade e experiência que o desembargador deve possuir para assumir o cargo?

FM: O candidato deve ser dotado de experiência, tanto que a lei exige no mínimo dez anos de efetiva militância, o número de processos exigidos no mínimo por ano, tantos atos advogados privativos por ano, são levados em conta.

AN: Como você está divulgando a sua campanha?

FM: Além das redes sociais que hoje são essenciais, eu tenho feito abordagem aos colegas no Fórum Estadual e no Fórum Trabalhista, faço contatos diretos, faço visitas aos escritórios, faço o corpo a corpo na verdade, expondo as minhas ideias. 

AN: O senhor se sente intimidado por algum candidato?

FM: Não não. São todos colegas, e se todos que estão pleiteando entendem que também estão credenciados para fazê-lo. Se não houve impugnação no registro da candidatura, não tem nenhum problema. 

AN: Como você chegou a decisão para se candidatar?

FM: Em razão da minha militância realmente de 28 anos, da minha experiência como julgador no Tribunal Regional Eleitoral e pela experiência técnica acumulada ao longo desse período. Entendo que já me encontro em condições de concorrer ao cargo.

Confira a entrevista no vídeo abaixo: 

 

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