Mundo – Um rapper cubano que manifestou apoio à volta de Donald Trump ao poder na Casa Branca pode ser deportado dos EUA nas próximas semanas.

Eliéxer Márquez Duany, mais conhecido como El Funky, ganhou notoriedade política em 2021, ao participar da gravação de “Patria y Vida”, que se tornou um grito de guerra para dissidentes em Cuba. A canção de hip-hop se aproveitava diretamente de “Pátria ou Morte”, o slogan revolucionário de Fidel Castro na ilha caribenha.

A canção sensibilizou tanto o senador da Flórida Marco Rubio, filho de exilados cubanos, que em 2023 ele introduziu a “Lei Pátria e Vida”, “protegendo contra tiranos” e expandindo o serviço de internet em Cuba.

A situação de El Funky nos EUA mudou drasticamente. No início deste mês, as autoridades da Imigração dos EUA negaram o pedido de residência de Eliéxer sob a Lei de Ajuste Cubano de 1966. Ele tem menos de 30 dias para deixar os EUA ou enfrentar a deportação e a provável prisão em Cuba, já que sua música ajudou a alimentar os maiores protestos antigovernamentais em Cuba em décadas.

Apesar da imimente deportação, Rubio, agora secretário de Estado, manteve-se em silêncio. O mesmo aconteceu com outras figuras e políticos cubano-americanos influentes que abraçaram a causa #CubaLibre, como os deputados da Flórida Carlos Giménez e Mario Díaz-Balart, que celebraram El Funky e a letra de “Patria y Vida”, contou o site “Politico”.

Alguns protestos e pedidos de ajuda agitaram as redes sociais, mas nenhum figurão abraçou a causa.

A única autoridade eleita a oferecer ajuda até o momento foi a deputada María Elvira Salazar (republicana da Flórida).

“El Funky é um refugiado político que merece total proteção da lei de imigração dos EUA”, disse ela em um comunicado.

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