Amazonas – O status sanitário de zona livre de febre aftosa sem vacinação, reconhecido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) na última terça-feira (11/08) e publicado no Diário Oficial da União de hoje (14/08), permitirá a ampliação de mercado para pecuaristas de 13 municípios amazonenses e parte de Tapauá. Agora, eles estão aptos a comercializar bovinos e bubalinos para todos os estados do Brasil, exceto Santa Catarina, que exige o reconhecimento internacional, previsto para o próximo ano.

A Instrução Normativa nº 52, assinada pela ministra Tereza Cristina Dias, refere-se ao Bloco I do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para Febre Aftosa, composto pelos estados do Acre, Rondônia e áreas do Mato Grosso e Amazonas. Também foi incluído no documento o reconhecimento de zonas livres de aftosa sem vacinação para os estados do Rio Grande do Sul e Paraná.

No Amazonas, integram o Bloco I os municípios de Apuí, Boca do Acre, Canutama, Humaitá, Lábrea, Manicoré, Novo Aripuanã, Pauini, Guajará, Envira, Eirunepé, Ipixuna, Itamarati e parte de Tapauá. Nesses locais, a Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado (Adaf) realizou, nos últimos anos, ações para a obtenção do status sanitário.

“Foram feitos estudos de rota de trânsito de animais, para que fossem criados os pontos de implantação das barreiras sanitárias, de forma a identificar por onde poderiam ingressar animais vacinados dentro do bloco. Fizemos projetos para aquisição de estrutura e realizamos reuniões com os produtores para falar sobre o processo”, explica a fiscal agropecuária médica veterinária Joelma Silva.

Os 13 municípios detêm mais de 65% do rebanho do Amazonas. Ao todo, são 1.020.096 cabeças de gado, entre bovinos e bubalinos.

“Esse reconhecimento nacional é de suma importância para a valorização do agronegócio familiar e empresarial do estado. O Governo do Amazonas trabalhou sério durante o ano de 2019 e neste 2020, fazendo com que a Adaf pudesse estruturar suas unidades locais, intensificando a fiscalização nessa região, implantando três Barreiras de Vigilância Agropecuária (BVAs), bem como nomeando novos servidores para a agência compor seus quadros e fortalecer seus trabalhos de fiscalização e educação sanitária”, destaca o diretor-presidente da Adaf, Alexandre Araújo.

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