BRASIL – Com o fim dos trabalhos nesta semana, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas do 8 de janeiro terá o relatório apresentado nesta terça-feira (17).

As expectativas em torno do texto que será apresentado pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora dos trabalhos, é que o relatório seja pouco conclusivo, já que a CPMI foi marcada por bate-boca e poucos avanços significativos.

Instalada em 23 de maio e com mais de 120 dias de trabalho, a CPMI ouviu 21 depoentes e recebeu mais de 660 documentos sigilosos e ostensivos. No entanto, o volume de informações não foi o bastante para que se chegasse, de forma concreta, ao objetivo da comissão: apontar os responsáveis por ações e omissões que levaram aos atos de vandalismo nos prédios dos Três Poderes, em Brasília.

No plano inicial, traçado pela relatora, a investigação deveria ter como foco a atuação de Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do DF; dos órgãos de segurança pública da União e do Distrito Federal; do tenente-coronel Mauro Cid; e das Forças Armadas.

A CPMI também pretendia investigar os episódios que ocorreram em dezembro de 2022, como o da bomba no aeroporto de Brasília; os acampamentos em frente aos QGs do Exército, principalmente em Brasília; os ataques na capital no dia 12 daquele mês e os bloqueios de estradas feitos por caminhoneiros bolsonaristas, após o segundo turno das eleições. Mas, com o caminhar dos trabalhos, esses eventos foram perdendo foco conforme os depoimentos foram prestados.

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