No mês dedicado à conscientização sobre o câncer de cabeça e pescoço, o Julho Verde, o presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado estadual Roberto Cidade (UB), chama atenção para a Lei nº 5.788, que criou, em janeiro deste ano, o Serviço de Atendimento Móvel para o diagnóstico da doença. A lei pretende auxiliar na detecção do câncer em estágio inicial em crianças e adolescentes.

“Toda doença, quanto mais rápido o diagnóstico, melhor. Com o câncer principalmente. Essa é uma doença que, muitas vezes, só apresenta sintomas quando já está em estágio mais avançado. Por isso, é necessário que o Poder Público disponibilize todos os meios para a realização de exames que possam detectar a doença em estágio inicial. Esse serviço móvel busca isso e é um ganho na luta pela vida”, afirmou.

Conforme a lei de Cidade, o Serviço de Atendimento Móvel deve ser formado por equipe multidisciplinar qualificada e treinada para o diagnóstico do câncer infanto-juvenil. “Essa equipe é responsável pela avaliação inicial do paciente, pela coleta de sangue e os encaminhamentos necessários para mais exames e acompanhamentos. Certamente, esse serviço é um avanço nesse tipo de atenção”, disse o parlamentar.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), nas últimas quatro décadas, o progresso no tratamento do câncer na infância e na adolescência foi extremamente significativo. Hoje, em torno de 80% das crianças e adolescentes acometidos da doença podem ser curados, se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados.

Julho Verde – O dia 27 de julho é o Dia Mundial de Prevenção do Câncer de Cabeça e Pescoço e, para conscientizar os brasileiros sobre a importância do diagnóstico precoce para a eficácia no tratamento, a Associação de Câncer de Boca e Garganta – ACBG Brasil criou a campanha Julho Verde. O objetivo da campanha é chamar atenção para um tumor cujos sintomas, muitas vezes, são negligenciados.

No Brasil, o câncer de cabeça e pescoço deve acometer anualmente de 35 mil a 40 mil brasileiros. Segundo levantamento do Inca, o câncer de boca, laringe e demais sítios é hoje o segundo mais frequente entre os homens, atrás somente do câncer de próstata. Nas mulheres, é o quinto mais comum, ficando atrás do câncer de mama, tireoide, cólon e reto. O câncer de cavidade oral é o sétimo mais comum no Brasil.

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