O Prefeito de Boa Vista dos Ramos, Eraldo Trindade, tem sido alvo de várias denúncias junto ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM) devido a suspeitas de irregularidades em suas ações. Dentre as diversas acusações, a que mais destaca-se é o alto volume de compras realizadas pelo prefeito, que totalizaram mais de R$ 16,6 milhões entre março e setembro de 2020.

O curioso é que algo nunca é esclarecido pelo parlamentar, afinal todas as empresas contratadas não possuem sede, escritório ou representação em Boa Vista do Ramos. Isso indica que a atual gestão do prefeito não está contribuindo para o desenvolvimento da economia local e nem para a geração de empregos no município amazonense.

Dentre as empresas, a Comércio de Material de Construção, recebeu R$ 170 mil para fornecer materiais médicos e equipamentos de proteção individual destinados aos profissionais de saúde. O que chama mais atenção é que essa empresa opera em uma sala comercial na capital amazonense e sua atividade principal é a venda de materiais de construção, o que levanta questionamentos sobre a idoneidade da transação. Estranho né?

Outro caso preocupante é o da SG Comércio de Produtos Alimentícios, que recebeu quase R$ 1 milhão para confeccionar fardamento escolar e vestuário profissional dos servidores públicos. Porém a empresa sequer possui experiência na produção de roupas, pois sua atuação está voltada para o setor de alimentos.

Temos também a compra gigantesca realizada em uma farmácia de nome Drogaria Rio Madeira, localizada em Manicoré. Segundo dados, a prefeitura pagou à drogaria a quantia de R$ 2,1 milhões para fornecer material farmacológico à Secretaria Municipal de Saúde.

Outro gasto suspeito é a aquisição de combustíveis feita no Auto Posto Sophia, em Itacoatiara, que recebeu R$ 2,2 milhões para fornecer combustível, lubrificantes automotivos e gás de petróleo para diversas atividades da prefeitura.

O valor elevado dessa transação chama atenção sobre como o abastecimento será realizado em Boa Vista do Ramos.

Além desses aspectos, é importante ressaltar que os recursos destinados às compras realizadas pelo prefeito beneficiaram quatro municípios, incluindo Manaus, Itacoatiara, Maués e Manicoré. Isso indica uma falta de prioridade na promoção do desenvolvimento do próprio município que administra.

Enquanto a população enfrenta problemas como falta de emprego, precariedade na saúde e reclamações sobre segurança, a aplicação dos recursos não parece priorizar as principais demandas da população.

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